Uma eternidade em poucas horas

Ontem  foi um daqueles dias que uma hora equivalia …bem, um tempo que não dá para mensurar.

Mas antes de explicar o porquê, vou apresentar o Barthollo para quem não conhece. 

Esse anãozinho me acompanha há quase 14 anos (dia 26 de junho é aniversário dele). Aprontou todas quando era filhote. Companheiro que só ele, passava madrugadas no meu colo enquanto eu fazia alguns freelas (faz uns anos ele perdeu a paciência para isso). Quando ele gostava de dormir na minha cama (ficou mais velho e prefere a casinha dele) nada de dormir de comprido… esse salsichão em forma de cachorro sempre se esparramava e eu ficava confinada num cantinho. 

Barthollomeu foi ficando mais velho e cheio de manias, até um pouco bipolar (ele vira a barriga para você fazer carinho mas rosna ao mesmo tempo). Esse é Barthollo…Meu!

Há três dias, apareceu um mega inchaço no abdômen dele. Veterinário, medicação…. mas para saber o que era, só um exame que foi feito ontem. Com os resultados em mãos fomos direto para o veterinário, e aí que a realidade me deu um tapa na cara. Meu pequeno estava com a bexiga deslocada, e era cirurgia ou cirurgia, e por causa da idade o coraçãozinho já não está 100% para uma anestesia geral. Eu tinha que decidir… e quem sou eu para decidir algo assim.

Bem, foram olhos nos olhos, e sem exagero, se eu pudesse trocava de lugar com o ele. Deixá-lo lá sozinho, e ter q esperar por mais de três horas sem notícias foi assustador. 

Barthollo voltou para casa já de noite, todo molinho da anestesia ainda, e com um colar que ele não gostou nem um pouco.

Acho que é em momentos assim que o tempo mostra toda sua face relativa: passa rápido quando antes que você perceba seu filhote vira um velhinho cheio de manias antes de você; e um minuto vira uma eternidade quando seu pequeno fica doente.