hoje eu ia para um dos meus “lugares de sempre”, pelo caminho “de sempre” quando resolvi “me jogar no waze”… só sei que esse danado me levou por caminhos nunca antes explorados para ir até esse ponto geográfico, juro que duvidei e conferi o endereço umas 2x… bem, de repente, um lugar conhecido, e lá estava eu, no “meu caminho de sempre” dos meus 27 anos, a diferença é que naquele tempo eu estava no corredor de ônibus (uma coincidência estranha, porque nos últimos dias tenho pensado muito nessa fase da minha vida, confesso que naquela época eu lia mais livros).
E no meio do caminho tinha uma pedra/manifestação de taxistas… tensooo, tinha um táxi “trabalhando” logo na minha frente, e os manifestantes não gostaram nenhum pouco disso… respirei 3x fundo, rezei, sorri… e ufa passei (é waze, claro que lá na frente está livre, quase ninguém consegue passar…rs). Mas olha, não reclamo, resolvi agradecer, porque lá do outro lado da avenida estava bem pior e ninguém ia sair dali tão cedo.
Lá na frente dei de cara com um acidente, pela “correria”, grave. Mais uma moto. Meu coração sempre “engasga”, eu tento sempre dirigir e tampar o rosto ao mesmo tempo quando tenho que passar por um. Eu sou assim, nesse ponto não tem jeito. E agradeço de novo, porque sei que todo mundo que eu amo está em algum lugar por aí seguro. (Isso parece um tanto egoísta, eu sei)
E quando chego no “lugar”, lembro porque ele é “de sempre”: na porta um abraço apertado; porque eu ia lá, um dos meus pratos favoritos quentinho na panela; conversa ao invés de cada um com seu smartphone; um carinho no cabelo… e na hora de ir embora, saio mandando beijos e pensando que tenho que ser mais do que agradecida por ter esse cantinho na minha vida.
P.S. – só para constar, tenho mais de um “lugar de sempre”.