Quando somos crianças, não vemos a hora de crescer. De usar um número de roupa maior (e hoje na briga com a balança eu aceitaria um ou dois números a menos), um sapato maior (se o pé crescer demais e você for menina, limita bastante seu leque de modelos), ter 18 anos para fazer tudo o que quiser (ahahah, gargalhada… porque isso é um grande engano)…
E quando a gente menos percebe… a vida adulta bate na porta.
Dias atrás numa conversa sobre um dia na vida do meu sobrinho, deu uma saudadeeee… de simplesmente não pensar nem no que eu vou comer…rs
Foi nesse momento que eu percebi que o que faz a gente “mudar de vida” é quando precisamos fazer escolhas, decidir as coisas. E o relógio não volta atrás, e uma vez dentro do turbilhão de “responsabilidades”, é uma missão impossível (?) conseguir sair.
É muito bom poder decidir o que fazer, mas isso tem seu preço claro, e é virar “gente grande”.
Pelo menos para mim, tornar-se “gente grande” não é só ser responsável pelas próprias contas… ou até pelas contas de uma casa inteira. Ter um dia acorda-banho-come-trânsito-trabalha-come-trabalha-trânsito-come-banho-cama (existe a variação com “come batata doce”, “vai para academia”, além de “paradinha para fumar”, “bebidinha fim do dia”, “maratona de séries”) muitas vezes só faz você virar uma máquina, não faz de você uma pessoa que encara a vida de frente (de ladinho às vezes pode ser mais agradável também).
Eu acho que a gente “vira gente grande” quando aprende a reconhecer que nossas escolhas não interferem só na nossa vida, querendo ou não, outras vidas de “gente grande” vão se entrelaçando com a nossa no meio do caminho. E fica mais bacana quando você pode dividir essas decisões, e isso você faz no trabalho (em equipe), com aquela pessoa que você resolve viver junto e pasmem, até com seus pais, que agora vão precisar entender que você cresceu… rs
P.S. – escrevi ouvindo Sleepwalk – Santo & Johnny