Eu realmente estava decidida há uns meses atrás passar meu aniversário completamente sozinha, ou melhor, só comigo. Para alguém que sempre amou festas, isso até parecia uma afronta ao mundo, talvez fosse, ou talvez eu só quisesse fazer algo diferente para ter um resultado diferente (não aguento o “mais do mesmo” que é sentir dor… rs). Já tinha planejado pedir para não ir trabalhar, ficar quieta o dia inteiro e à noite tentar dormir o mais cedo possível. A verdade é que eu não sentia que merecia muito mais do que isso. (eu me culpo, tu te culpas, nós nos culpamos)
O frio que está em São Paulo já bateu o recorde de alguns anos, e eu nem lembro de um aniversário meu tão cinza e gelado faz tempo. Talvez eu esteja refletindo no mundo o cinza que está aqui dentro de mim há um tempo (vai ver que a frente fria é minha culpa também…..kkkk brincadeira!). Por enquanto não me cobrem cores, porque até pensar em mudar a cor dos cabelos eu já pensei por causa disso (aqui dentro a cartela está bem restrita).
Foi então que eu percebi que não iria ficar sozinha, por mais que eu tenha me recolhido, eu ainda sou parte do mundo de algumas pessoas, que muitas vezes parecem gostar mais de mim do que eu mesma.
Realmente não foi um aniversário igual aos outros. Fui trabalhar, ganhei sobremesa do “Jamie”; e teve bolo, brigadeiro, guaraná e pão com carne louca, mas não foi na minha casa, mas era uma casa cheia de amor.
A minha casa não esteve em festa ontem, mas esteve mais zen do que há alguns dias atrás.
O que eu senti? Ficará guardado, não virará “palavras para fora” porque eu nem sei o que dizer. No meu aniversário estive com pessoas mais do que especiais, e parece que o universo decidiu que eu mereço mais do que eu acho que é justo para mim.
∞ Parte desse post teve Love Boat Captain (Pearl Jam) como trilha sonora.