Tá aí uma “arte” que eu nunca fui nem mediana, mas tentava.
Eu sempre tive calma para trabalhos manuais, mas nem para isso tenho mais, acho que gastei toda minha paciência e então quero ver as coisas logo concluídas. E o que tem que ser bem feito requer tempo, requer que você faça com serenidade.
A gente (sobre)vive num mundo que tudo é para ontem. Estou acostumada com dias de prazo a menos para dar conta de alguma data que alguém determinou. E percebo que as pessoas correm atrás de mais tempo, mas parece que ele sempre corre delas.
Nessa vida já fui submissa, não me mexia para nada, passiva demais da conta.
Já “fiz acontecer”, já não admiti, já fiz meu próprio momento, já determinei o meu destino.
Hoje virei espectadora da minha vida: eu só espero. Tenho medo de dar qualquer passo, tenho medo de pisar em falso, tenho sede de vida mas não consigo me mexer.
Me sinto em areia movediça.
Ouvindo Driving Towards the Daylight – Joe Bonamassa