Resolvi admitir para eu mesma que ainda tenho sonhos sim, e são muitos. Alguns deles dependem só de mim, outros não. Acho que é isso que faz eu ter medo de admitir que dentro dessa cabeça, desse coração ainda existe uma vontade de futuro que fervilha, que pulsa. Que acredita.
Tenho pavor de deixar de coração/cabeça ir longe e fazer planos, eu admito. Mas é normal né? Ninguém gosta da decepção, da dor… sei-lá
Viver no presente é mais difícil do que se imagina, “competir” com si mesma mais complicado ainda (será que eu ainda posso ser eu? tenho tanta saudade).
Mas o que são sonhos? Energia? Doideira de cabeças que não tem limites?
Ontem estava num dia bem complicado, a verdade é que eu vinha de uma sucessão de dias horrorosos desde o fim de semana. Tem momentos que parece que entramos numa espiral de energia que são altos e baixos enlouquecedores.
Mas descobri que no fundinho ainda acredito que o universo pode me trazer coisas boas (e isso é uma coisa que diferencia muito a Ju de hoje para a Ju que eu quero voltar a ser). E ontem uma dessas pessoas escolhidas a dedo para saber dar conselhos certos no momento certo cruzou o meu caminho.
Concordou comigo que essa moça que está aqui precisa voltar a ser quem é, e rápido, porque eu já perdi muito tempo de vida. E falou que nesse momento, o meu melhor remédio é a alegria. Nem preciso dizer que fiz cara de interrogação… porque olha, é o que eu mais ando procurando, e é o que eu não sinto habitar em mim. Mas ele insistiu que eu preciso lembrar de pequenas coisas que me trazem essa sensação…
E não é procurar nos outros (a gente também acha, mas para mim, nesse momento, tem que ser uma outra etapa), é procurar no que faz um sorriso surgir no nosso rosto… e aí… juro… por algum motivo me veio o estalo que eu precisava.
Ontem à noite resolvi experimentar algo novo, comer uma coisa diferente. Hoje foi uma boa conversa na hora do almoço. Amanhã? Será o tanto que eu conseguir sair da minha zona de conforto e autopiedade permitirem. Eu quero é ser feliz.
jujucas.com 