Hoje é aniversário da minha mãe, o dia foi bom… ter pequenos perto faz você ser criança de novo e tudo funciona de forma mais simples. Mas hoje também foi dia de encher meu quadrúpede de carinho.
Barthollo passou comigo por TCC, por madrugadas de freelas, contei com seu instinto de cão para algumas escolhas (isso é real), me viu gargalhar e latiu junto e já lambeu muitas lágrimas minhas também. Eita cachorro companheiro, mas o bichinho ficou mais velho e cheio de manias.
Ele é meu pequeno, mas mora na casa da minha mãe. Tenho que admitir que nos últimos meses pensei várias e várias vezes em trazê-lo para habitar o 12B aqui comigo. Eu sei que o apto é todo aberto, mas eu daria um jeito.
Como seria bom chegar em casa e ter olhos felizes por te ver. Barthollo ia poder ficar deitado comigo no sofá, jantar junto… mas certeza que com suas manias de ancião ia querer dormir sozinho na casinha. A verdade é que ele teria me feito um bem danado, mas eu não seria justa com ele.
Aqui ele teria direito a uma saidinha de manhã, um carinho antes do meu trabalho, um dia inteiro de solidão, uma ansiedade por horas até eu chegar para outro passeio e minha atenção até o sono chegar.
A vida dele lá já é bem melhor, ele divide a “vida de cão” com a vira-latas mais fresca que eu conheço, a Raissa, são um grude só. Acorda com “café da manhã” com direito a carinho de um dos “avós”, depois brinca com o Pietro até ele ir para a escola, passa o dia num quintal só para eles q é umas 4x o tamanho que ele passaria o dia inteiro, brincando com alguém ou ganhando carinho, tem almoço e tem mais um pouquinho de comida quando anoitece… esse pigmeu é um príncipe lá.
Esse pequeno me faria um bem danado aqui morando comigo hoje, mas o que eu tenho para oferecer para ele, é menos do que ele merece. E por um amor gigante que tenho pelo baixinho, continua ele lá, e eu aqui.
É aquele “clichezão”: é vida é feita de escolhas.