Nessas últimas horas (dias) andei por ruas de pedra e isso me fez ficar pensando num tanto de coisas.
Pensar numa “estrada” de pedras já me leva de cara a imaginar um caminho de dificuldades. E andar literalmente numa rua assim não é fácil, você tem que olhar para o chão o tempo inteiro (isso se não quiser uns bons ralados no rosto ou um pé torcido), e aí se quiser observar o que tem ao redor, a gente tem que parar para poder olhar, não rola fazer as duas coisas ao mesmo tempo.
E acho que talvez a vida seja um pouco assim também quando vira um “chão empedrado”. As dificuldades estão lá, para seguir em frente você tem que olhar para eles, se tentar correr só piora, então cada “pedra” tem seu tempo certo. E é bom não fixar tanto nos problemas, porque o caminho passa e não vemos a paisagem. Chega um certo momento que precisamos levantar a cabeça, dar uma boa respirada e conseguir observar o que tem de bom ao redor, porque com certeza tem muita coisa bonita para ver.
Eu escolhi percorrer “meu chão de pedras” da melhor maneira que puder. As “pedras” que eu já percorri me ajudaram a estar onde estou hoje, a paisagem em volta tem que ser vista, o que está lá na frente não é o meu agora, mas a forma como vou passar por tudo de “boua” é uma escolha para djá.