Os seres no meu estômago

Conclui essa semana que o meu estômago é habitado por vários seres.

As borboletas que criam espaços vazios com seu bater de asas devaneando por aí, e esse bater de asas que criam pequenos ventos, que se multiplicam nesse local limitado da minha anatomia, e de uma hora para outra transforma brisa serena e quente, num furacão.

Tenho buracos negros aqui dentro também. Nos últimos tempos venho caindo em tantas situações onde eu não sei absolutamente nada, aprendendo coisas do zero e fico lembrando daquela máxima de SócratesSó sei que nada sei. Meus buracos negros são essa sensação de não saber nada, e ter que aprender no instantâneo. E a verdade, é que o medo que essa sensação traz, a insegurança de uma primeira vez acontecendo e a vontade de sair correndo por achar que não vai dar conta… pensando em tudo isso acho que meus buracos negros são na verdade minha fase adolescente que nunca saiu aqui do meio do corpo.

Aqui habitam as chamas vez ou outra. É aquela sensação de estar presa num caldeirão… fervendo por dentro, sem saber por onde começar, como continuar ou terminar. É como se o tempo saísse da fase cronológica e um monte de situações que tumultuam a cabeça estivessem acontecendo simultaneamente de formas distintas em dimensões diferentes e você tenta absorver tudo ao mesmo tempo (o Efeito Borboleta)…. bem é quando tudo pode ser TUDO ou NADA.

Os nós também fazem morada por aqui. São os assuntos TOC, igual música TOC sabe? Aquela que não sai da sua cabeça, você se recusa a colocar no repeat, mas assim que ela acaba, você vai lá e aperta o botãozinho para ir para o começo de novo? Então tenho trilha sonora TOC, para os meus assuntos TOC, que viram os nós no meu estômago. (Só para referenciar, TOC é o que você está pensando mesmo, Transtorno Obsessivo Compulsivo… aquilo que gruda na alma…. rs. O significado é feio, mas resolvi usar essa “licença poética” há anos atrás para as músicas que eu ouvia o dia inteiro repetidamente… na verdade acho que preciso fazer um post sobre isso).

Acho que a “fauna” aqui é bem variada… e não consigo lembrar de todos os meus “seres” agora. E começo a pensar se eles realmente habitam meu estômago… ou se habitam minha cabeça/alma.

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