Era uma casa muito engraçada…

Tinha endereço, teto, paredes, móveis… mas não tinha nada. Dentro dela habitava um vulto. Sombra do que um dia foi uma pessoa. Um ser com sonhos, planos, conquistas… mas tudo foi consumido.

Os dias passam e segue o vulto, sem um agora, sem futuro. Segue a sombra sem ser notada, resistindo ao nascer e ao pôr do sol.

Na verdade não é uma casa engraçada, são paredes que hora ou outra… servem de tela para uma silhueta, onde não é possível definir uma forma.

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