Nascida e criada na capital paulista, cresci sabendo o que era o som de um disco de vinil, o gosto da pitanga colhida no pé do quintal dos meus avós maternos, a delicadeza das criações da máquina de costura de minha avó paterna, aprendi a ter paciência para esperar revelar o filme para ver as fotos.
Estudei Produção Editorial na Universidade Anhembi Morumbi, e ali percebi que o meu caminho seria o da Forma, e no fim das contas fui para Direção de Arte.
A Ju sem ser profissional busca a paz para viver. Conquistei muita coisa e perdi também. É como se a vida fosse o tempo inteiro sobre isso. Entre perdas e ganhos.
Nesse momento estou passando pela minha terceira depressão. A primeira vez que isso aconteceu comigo fez com que eu tivesse perdas, mas essas perdas foram super positivas, e aos 26 anos eu descobri quem eu realmente era pela primeira vez na vida. Minha segunda não gerou perdas, mas também não foi bem curada. Aos 35 tive meu terceiro diagnóstico, e hoje convivo com a perda novamente. Já aprendi muita coisa sobre mim, mas nesse momento não tenho como aplicar.
Mas eu sou mais que minha profissão, mais que uma doença, mais do que eu já fui… eu sou uma pessoa que quer muito ser feliz.